Guterres condena assassinato de sete soldados de paz na RD Congo

Boinas-azuis do Malaui e da Tanzânia perderam a vida durante confronto com grupos armados; pelo menos 10 pessoas ficaram feridas; secretário-geral diz que estes grupos aumentam sofrimento da população e complicam a resposta ao ebola.
O secretário-geral, António Guterres, condenou esta quinta-feira o assassinato de sete soldados da Missão da ONU na República Democrática do Congo, Monusco, na cidade de Beni, no Kivu Norte.
Em nota, o porta-voz de Guterres informa que seis boinas-azuis eram do Malaui e um da Tanzânia. Eles foram mortos durante operações conjuntas da Monusco e das Forças Armadas da RD Congo contra o grupo rebelde Forças Democráticas Aliadas.
O porta-voz explica que, segundo os relatos iniciais, outros 10 soldados de paz foram feridos e outro está desaparecido.
Vários militares congoleses e um número desconhecido de combatentes das Forças Democráticas Aliadas também terão morrido ou ficado feridos durante a operação.
O secretário-geral manifesta a sua mais profunda solidariedade às famílias dos soldados da paz mortos e aos governos e povos do Malawi e da Tanzânia.
Segundo a nota, Guterres deseja uma pronta recuperação aos feridos e transmite forte apoio aos contingentes dos dois países, que operam em “ambiente excepcionalmente difícil” para proteger as populações locais contra os ataques dos grupos armados.
O chefe da ONU pede que todos os grupos interrompam suas atividades destabilizadoras, dizendo que “continuam a aumentar o sofrimento da população e a complicar a resposta ao surto de ebola.” Guterres pede ainda o desarmamento imediato destas forças.
Desde o início do surto, em agosto, 308 pessoas foram infetadas e 191 morreram. Cerca de metade das mortes aconteceram em Beni, onde aconteceu este ataque.
O secretário-geral encoraja as autoridades congolesas para que continuem tomando as medidas necessárias para apreender e levar à justiça os autores dos ataques.