Perspectiva Global Reportagens Humanas

Nações Unidas condenam assassinato de boina-azul na RD Congo BR

Nações Unidas condenam assassinato de boina-azul na RD Congo

Ataque ocorreu enquanto Missão das Nações Unidas no país apoiava ação das forças armadas congolesas contra o M23; outros dez soldados de paz ficaram feridos pelo grupo rebelde.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Secretário-Geral da ONU condenou o assassinato de um boina-azul da Tanzânia, durante um ataque na República Democrática do Congo, que deixou feridos outros dez soldados de paz.

O incidente ocorreu na quarta-feira, quando a Missão de Estabilização da ONU no país, Monusco, apoiava uma ação das Forças Armadas da RD Congo contra rebeldes do grupo M23, no norte de Goma.

Operação Conjunta

Na operação conjunta da Monusco e das forças armadas, foram usados helicópteros de ataque, tanques de batalha e artilharia. O boina-azul foi morto por integrantes do M23, em um ataque condenado por Ban Ki-moon “nos termos mais fortes”.

Em nota, o Secretário-Geral destaca que a ONU continua comprometida em tomar toda ação necessária para proteger os civis congoleses, de acordo com uma resolução do Conselho de Segurança.

Crise Humanitária

Durante o último ano, o M23 e outros grupos armados tiveram uma série de confrontos com o exército congolês. Nos conflitos recentes, mais de 100 mil pessoas ficaram deslocadas, piorando a crise humanitária na região.

Mais de 2,5 milhões estão deslocados na RD Congo e outros 6,4 milhões precisam de comida e ajuda de emergência.

Resolução

Em março, o Conselho de Segurança autorizou uma brigada de intervenção para realizar ofensivas contra grupos armados que ameaçam a paz no leste do país. As intervenções podem ter ou não a participação das forças armadas.

Na época, o órgão também fez um apelo ao M23, pedindo o fim imediato de todas as formas de violência. O reforço do mandato da Monusco com a brigada de intervenção busca apoiar os objetivos políticos de um acordo de paz, segurança e cooperação para RD Congo e região, assinado em fevereiro na Etiópia.

As tropas da Monusco são comandadas pelo general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz.