Ban condena onda de violência na República Democrática do Congo

Secretário-Geral pediu a todas as partes envolvidas no conflito que participem do processo político para analisar as causas do problema; general brasileiro que comanda forças de paz no país disse à Rádio ONU que situação está sob controle.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou a última onda de violência na República Democrática do Congo e pediu as partes envolvidas no conflito que participem do processo político.

Em comunicado, Ban afirmou que estava profundamente preocupado com a escalada da violência, em particular, pela artilharia indiscriminada do grupo rebelde M23.

Situação

O comandante da Missão de Estabilização da ONU na RD Congo, Monusco, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, falou à Rádio ONU, de Goma, sobre como está a situação na região.

“Felizmente, neste momento, a situação está mais ou menos sob controle e Goma está fora do alcance das armas. Foi uma batalha muito difícil, muito pesada e muito intensa onde a Monusco apoiou a ação do governo congolês através de suas forças armadas.”

O general Santos Cruz lembrou ainda que na batalha contra os rebeldes, um boina-azul da ONU morreu e 12 ficaram feridos.

Diplomacia

Ban Ki-moon pediu também aos lados envolvidos no conflito que exerçam o máximo de moderação e que não façam nada para piorar a situação.

A enviada especial do Secretário-Geral para a região dos Grandes Lagos, Mary Robinson, e o representante especial para a República Democrática do Congo, Martin Kobler, estão engajados, neste momento, em esforços diplomáticos para tentar resolver o conflito.

Segundo a ONU, nesse último ano, os rebeldes do M23 junto com outros grupos armados entraram em choques com as forças do governo congolês na região oriental do país.