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Fome aumenta risco de morte de mulheres grávidas e lactantes no Iêmen BR

Cerca de 2 milhões de mulheres grávidas e lactantes desnutridas podem enfrentar risco de morte devido à fome que assola o Iêmen
Ocha/Matteo Minasi
Cerca de 2 milhões de mulheres grávidas e lactantes desnutridas podem enfrentar risco de morte devido à fome que assola o Iêmen

Fome aumenta risco de morte de mulheres grávidas e lactantes no Iêmen

Ajuda humanitária

Unfpa está sem fundos suficientes para apoiar instalações de saúde do país; aumentam ameaças à saúde de mães de bebês; fome iminente e cólera agravam impacto do conflito iemenita.

Cerca de 2 milhões de mulheres grávidas e lactantes desnutridas podem enfrentar risco de morte devido à fome que assola o Iêmen.

Em nota publicada esta segunda-feira, o Fundo das Nações Unidas para a População, Unfpa, disse que utiliza fundos limitados para apoiar serviços de saúde na que já é chamada de “pior fome da história recente do mundo”.

Prematuros

Em todo o país, falta comida e questões como deslocamento e má nutrição já afetam a saúde e o bem-estar de 1,1 milhão de mulheres grávidas e lactantes.

A situação provoca casos graves dos nascimentos prematuros ou de bebês com baixo peso, sangramento pós-parto grave e partos que representam risco de vida.

Cerca de metade das unidades de saúde iemenitas não funcionam, incluindo as que prestam serviços de saúde reprodutiva.

Questões como deslocamento e má nutrição afetam a saúde e o bem-estar de 1,1 milhão de mulheres grávidas e lactantes no Iêmen
Questões como deslocamento e má nutrição afetam a saúde e o bem-estar de 1,1 milhão de mulheres grávidas e lactantes no Iêmen , by Ocha/Matteo Minasi

Preços

A Agência das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, também atua no país onde três em cada quatro pessoas precisam de ajuda e proteção. Este ano, a agência disse que os preços dos alimentos subiram um quarto e de combustíveis cerca de 45%.

As atuais condições de pré-fome e o surto de cólera juntam-se ao impacto do conflito, que provocou um aumento do deslocamento em massa e de baixas civis.

O Acnur considera essencial que atividades como proteção e abrigo de emergência sejam abordadas e apoiadas ao mesmo tempo que os programas de alimentação, saúde e educação.

Mais de dois terços dos cerca de 2,7 milhões de deslocados internos vivem há mais de dois anos sem recursos e longe das suas áreas de origem. Eles foram forçados a deixar regiões que antes eram as mais seguras do Iêmen.