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OIT quer mais oportunidades de emprego para geração de paz e resiliência BR

Desemprego global entre os jovens deve atingir 71 milhões em 2016, de acordo com relatório da OIT. Foto: ONU/Evan Schneider

OIT quer mais oportunidades de emprego para geração de paz e resiliência

Assuntos da ONU

Cimeira da Organização Internacional do Trabalho, OIT, teve presidentes da Irlanda e da República Centro-Africana; participaram ainda alto comissário da ONU para Refugiados e secretário-geral do G7+.

A Organização Internacional do Trabalho, OIT, abrigou esta quinta-feira uma Cimeira com o tema “Emprego e Trabalho Decente para a Paz e a Resiliência”, em Genebra, na Suíça.

Em nota, a agência da ONU disse que o objetivo do encontro era discutir como se pode manter a paz usando oportunidades no mundo do trabalho principalmente para jovens.

Solidariedade

Na abertura da reunião, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, afirmou que “o mundo não pode ficar indiferente aos apelos dos milhões de pessoas que são afetadas por conflitos e desastres e precisam desesperadamente de emprego”.

Ryder acredita que “as imagens transmitidas, sejam de campos de batalha na Síria ou de catástrofes naturais como a que atingiu a Guatemala, devem levar à solidariedade e à ação”.

O diretor-geral explicou que o encontro acontece “por causa do pedido direto de centenas de milhões de mulheres e homens que vivem em países frágeis e querem, empregos, pão, liberdade, dignidade e educação”.

Diálogo

O encontro de alto nível teve o presidente da Irlanda, Michael Higgins, e o presidente da República Centro-Africana, Faustin-Archange Touadéra, como oradores.

No seu discurso, Higgins disse que expandir as oportunidades econômicas e o trabalho decente “são partes críticas da recuperação de um conflito e prevenção de um regresso à guerra”.

Também participaram o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, o secretário-geral do G7+, Helder da Costa, a presidente da petrolífera colombiana Terpel, Sylvia Escobar, e outros.

Helder da Costa explicou que jovens, especialmente em Estados frágeis, vivem em ciclos de pobreza e violência, e essa é a causa verdadeira dos problemas enfrentados.

No mesmo painel, Filippo Grandi, chefe do Acnur, afirmou que os 70 milhões de refugiados e deslocadas no mundo são resultado da falta de paz.

Segundo o alto comissário, se o direito destas pessoas não for cumprido, a instabilidade vai continuar.

Apresentação: Monica Grayley