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Fundação MasterCard promete US$ 14,6 milhões para implementar programa Emprego Jovem da OIT

Fundação MasterCard promete US$ 14,6 milhões para implementar programa Emprego Jovem da OIT

Parceira visa à promoção de emprego decente a jovens de 28 países; Organização Internacional do Trabalho diz que falta de bons empregos está a criar frustração nos jovens.

[caption id="attachment_208944" align="alignleft" width="350" caption="Ajuda para jovens de 28 países"]

Manuel Matola, da Rádio ONU em Maputo

A Organização Internacional do Trabalho, OIT, e a Fundação MasterCard

rubricaram um acordo de parceria visando apoiar a promoção de empregos

decentes a jovens de 28 países.

No âmbito do acordo, a Fundação MasterCard assegurou que irá desembolsar US$ 14,6 milhões nos próximos cinco anos, para a implementação do Programa Emprego Jovem da OIT.

Mercado de Trabalho

A iniciativa pretende despertar a consciência dos decisores políticos sobre os desafios enfrentados pelos jovens, desde o período de formação académica até a fase em que entram para o mercado do trabalho.

O coordenador do Programa Emprego Jovem da OIT, Gianni Rosas, disse que “os jovens devem ter a chance de encontrar trabalho decente” após terminar os cursos, por ser uma via fundamental para erradicar a pobreza e alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

Para Gianni Rosas, “o acesso ao trabalho digno e produtivo é indispensável se os jovens estiverem a realizar as suas aspirações, melhorar suas condições de vida e fazer uma contribuição positiva à sociedade”.

Oportunidade

O diretor de Juventude de aprendizagem da Fundação MasterCard, Deepali Khanna, considerou a parceira uma oportunidade para alertar os decisores políticos em todo o mundo sobre os desafios que os jovens enfrentam na busca do emprego.

Um relatório recentemente publicado pela OIT refere que a falta de bons empregos está a criar uma "geração perdida" de jovens marcada pela crescente frustração.

Segundo a OIT, embora o número absoluto de jovens desempregados tenha reduzido ligeiramente desde seu pico em 2009, de 75.8 milhões para 75.1 milhões no final de 2010, esta faixa etária ainda enfrenta dificuldades de emprego, aliás, alguns estão mesmo a desistir de procurar trabalho.