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Conselho de Segurança aprova cessar-fogo de 30 dias na Síria para pausa humanitária

Conselho de Segurança da ONU.
Foto ONU: Eskinder Debebe
Conselho de Segurança da ONU.

Conselho de Segurança aprova cessar-fogo de 30 dias na Síria para pausa humanitária

Paz e segurança

Resolução foi adotada por unanimidade; cessar-fogo deve começar de imediato e permitir entrada de ajuda humanitária e evacuação de feridos graves.

Alexandre Soares, da ONU News em Nova Iorque.

O Conselho de Segurança aprovou este sábado, por unanimidade, uma resolução que decreta um cessar-fogo na Síria durante 30 dias.

A resolução “exige que todas as partes cessem hostilidades sem demora”.  O chefe da ONU, António Guterres, elogiou a medida e pediu a todos os lados do conflito que permitam a passagem de ajuda.

Evacuação

O documento decreta “uma pausa humanitária de pelo menos 30 dias consecutivos em toda a Síria, para permitir a entrega de ajuda humanitária de forma segura, desimpedida, sustentável, e a evacuação médica dos feridos e doentes graves.”

O texto, que foi introduzido pelo Kuweit e pela Suécia, decreta ainda que deve ser levantado o cerco de zonas com população, como o Ghouta Oriental. Segundo dados da ONU, morreram nesta região pelo menos 350 pessoas esta semana. 

O presidente do Conselho de Segurança, Mansour Ayyad Al-Otaibi, do Kuweit, disse que o voto “é um sinal positivo de que o Conselho de Segurança está unido” para acabar com o sofrimento na Síria.

Al-Otaibi acredita que a resolução “responde aos pedidos da comunidade internacional” e que “vai salvar vidas”.

O presidente do Conselho de Segurança terminou dizendo que “ainda há muito trabalho para fazer para acabar com uma tragédia que já dura há sete anos.”

Apoio

Esta semana, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos classificou a situação em Ghouta Oriental como uma “campanha monstruosa de aniquilação”.

O escritório de Zeid Al Hussein documentou mais de 1,2 mil vítimas do conflito somente no mês de fevereiro.

Também esta semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, mostrou-se "profundamente triste com o sofrimento da população civil em Ghouta Oriental" e pediu a "suspensão imediata" de "todas as atividades de guerra" na região.