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Ajuda a refugiados que fogem do Boko Haram custa US$ 157 milhões

Centenas de escolas foram obrigadas a fechar na região afetada pelo Boko Haram. Foto: Unicef/Andrew Esiebo

Ajuda a refugiados que fogem do Boko Haram custa US$ 157 milhões

Ajuda humanitária

Acnur lidera Plano Regional de Resposta aos Refugiados da Nigéria de 2018; meta das agências humanitárias é cobrir necessidades de mais de 200 mil refugiados nigerianos e 75 mil pessoas em comunidades anfitriãs.

A comunidade humanitária precisa de US$ 157 milhões para ajudar mais de 250 mil afetados pelas ações do grupo terrorista Boko Haram na Bacia do Lago Chade.

A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, está na liderança do Plano Regional de Resposta aos Refugiados da Nigéria de 2018. O apelo foi lançado esta quarta-feira na capital do Níger, Niamey.

Refugiados 

Pelo menos 47 entidades de auxílio querem atender cerca de 208 mil refugiados nigerianos e outras 75 mil pessoas de comunidades anfitriãs no Níger, nos Camarões e no Chade.

O vice-chefe do Acnur disse que “a crise de Boko Haram persiste e está longe de terminar”. Para Kelly Clements, o mundo “não deve esquecer as vítimas desse conflito mortal, especialmente porque parece haver pouca esperança de retorno à paz e à estabilidade num futuro próximo”.

Países vizinhos

Os refugiados nigerianos continuam a chegar em comunidades muito remotas e empobrecidas dos países vizinhos. Estima-se que mais 2,4 milhões de pessoas foram deslocadas pelas ações do Boko Haram desde 2013 no nordeste da Nigéria, nos Camarões, no Chade e no Níger.

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Insegurança alimentar é um dos efeitos colaterais mais arrasadores do conflito. Foto: PMA África Ocidental
A insegurança alimentar é um dos efeitos colaterais mais arrasadores do conflito. O plano de apoio de 2017 teve um apoio de 56% dos US$ 241 milhões necessários.

Desnutrição

Até o momento as populações que fogem do grupo enfrentam desnutrição severa. Em setembro passado, mais de 7,2 milhões de pessoas na região da Bacia do Lago Chade não sabiam o que comer na próxima refeição.

O conflito também prejudica o acesso à educação e as taxas de atendimento escolar. Centenas de escolas foram obrigadas a fechar na região onde os níveis de educação já estavam entre os mais baixos do mundo.

Além de apoio a comunidades que acolhem refugiados é necessária assistência humanitária para melhorar a qualidade de serviços em áreas que incluem abrigo, saúde, educação e água e saneamento.

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