Óleos vegetais ditaram subida ligeira de preços dos alimentos em setembro BR

Segundo a FAO, o custo subiu 0,8% se comparado a agosto; aumento da oferta da carne suína no Brasil ajudou a estabilizar os valores na categoria das carnes.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
Os preços dos alimentos subiram 0,8% em setembro em relação ao mês anterior, impulsionados pelo aumento do custo de óleos vegetais e dos laticínios.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, lançou esta quinta-feira o Índice de Preços dos Alimentos que encerrou em 178,4 pontos.
Estabilidade
A subida dos custos da comida deveu-se à valorização do óleo de palma no Sudeste Asiático e a demora no plantio da soja na América do Sul. No período também subiram os custos de produtos como o óleo de girassol.
Os valores dos laticínios aumentaram 2,1% em relação a agosto, impulsionados pelo custo da manteiga e do queijo devido a restrições de oferta na Austrália, na Nova Zelândia e na União Europeia.
Os preços da carne não foram alterados. O Índice menciona o Brasil pela queda do valor da carne de porco como consequência da melhor oferta no país. Também com boa oferta estiveram o frango e a carne de vaca que mantiveram os preços estáveis.
Cereais
Entretanto, a FAO aumentou a previsão de produção mundial de cereais na temporada 2017/18 para 2,6 bilhões de toneladas. São cerca de 7 milhões de toneladas acima do recorde do ano passado.
O informe sobre Demanda e Oferta de Cereais destaca que as previsões de setembro devem-se às fortes tendências de produção de trigo na UE e na Rússia, além das boas perspetivas na colheita do milho na China e nos Estados Unidos.
A agência também aumentou sua previsão para a produção global de trigo para mais de 750 milhões de toneladas.
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