Conselho de Segurança recomenda análise da operação de paz na RD Congo
Recomendação feita ao secretário-geral consta em nova resolução aprovada esta sexta-feira; órgão considera reduzir componentes militar e civil; missão tem mais de 22 mil homens.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança adotou esta sexta-feira uma resolução que pede ao secretário-geral que faça uma “análise estratégica” da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo, Monusco.
O foco da avaliação, a decorrer nos próximos seis meses, deve ser “a relevância das tarefas, as prioridades e os recursos”. Com mais de 22 mil homens, a Monusco é considerada a maior operação de paz do mundo.
Brigada de Intervenção
Aprovada por unanimidade, a resolução 2348 estende o mandato da operação de paz até 31 de março de 2018. A medida também se aplica à brigada de intervenção, que opera no país há quatro anos.
A avaliação deve decorrer até setembro para que o Conselho estude as opções para a redução das componentes militar e civil da Monusco, com o sucesso do acordo de 31 de dezembro.
O entendimento adotado pelo governo e pela oposição da RD Congo prevê que sejam realizadas eleições até o fim de 2017.
Estratégia de saída
A expectativa dos 15 Estados-mebros do Conselho é que o secretário-geral depois sugira uma “estratégia de saída progressiva para a missão, após a implementação do acordo”.
No último informe sobre o país, o secretário-geral alerta para o ressurgimento da violência no país por causa da atual situação política. Para António Guterres, o cenário levou a um crescente sentimento de insegurança e incerteza.
O relatório chama a atenção para o risco da violência eleitoral na RD Congo, principalmente nas áreas urbanas onde se espera que a situação piore com a falta de progressos no acordo político.
António Guterres pediu o aumento de forças da polícia da ONU de 1.050 para 1.370 homens.
Notícias relacionadas:
ONU abrirá inquérito após assassinato de funcionários na RD Congo
ONU diz que não pode confirmar morte de dois funcionários na RD Congo