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Guterres debate Península Coreana em encontro com primeiro-ministro japonês BR

António Guterres e Shinzo Abe. Foto:Unic Tóquio.

Guterres debate Península Coreana em encontro com primeiro-ministro japonês

Secretário-geral reuniu-se com Shinzo Abe, em Tóquio durante viagem oficial ao Japão; num evento anterior, chefe da ONU discursou em Fórum sobre Cobertura Universal de Saúde.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

O secretário-geral das Nações Unidas está em Tóquio, no Japão, onde falou a jornalistas sobre sua preocupação com a situação na Península Coreana.

António Guterres disse que o assunto foi o mais destacado durante o seu encontro com o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, esta quinta-feira.

Consequências

O chefe da ONU afirmou que “todos querem evitar que as coisas fiquem fora de controle e que as más percepções mobilizem países a situações que, sem querer, os façam cair numa guerra que pode ter consequências arrasadoras”.

Guterres declarou ainda que as resoluções do Conselho de Segurança sobre o programa nuclear da Coreia do Norte devem ser totalmente implementadas por Pyongyang e por outros países.

Saúde 

Na capital japonesa, ele participou ainda do Fórum sobre Cobertura Universal de Saúde. Em seu discurso, ressaltou grandes desigualdades que continuam a deixar para trás os mais vulneráveis quanto à cobertura universal.

Guterres disse que para muitos, “a saúde é inacessível, inabordável ou completamente indisponível”.

Pobreza

No evento, o secretário-geral recordou que os gastos usuais com a saúde fazem com que cerca de 100 milhões de pessoas fiquem todos os anos abaixo do limiar da pobreza.

Para o chefe das Nação Unidas num mundo cada vez mais interconectado. Guterres um cenário global em de saúde em constante evolução saúde origina novas ameaças como a resistência antimicrobiana, os impactos das mudanças climáticas e a disseminação de doenças crônicas.

Para ele, tudo isso exigirá sistemas de saúde mais integrados capazes de responder de forma eficaz e equitativa às necessidades de várias comunidades o que carece de sistemas de vigilância mais fortes, maiores mecanismos de proteção social e sistemas de serviço mais eficientes.

De acordo com o secretário-geral prevê-se um um déficit de cerca de 14 milhões de profissionais médicos em 2030, que realça a importância de aumento investimentos em uma força de trabalho mais robusta.

Guterres considera que num mundo globalizado, também sejam construídos sistemas que possam detetar e responder a crises de saúde.

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SONORA: António Guterres, Tóquio.