“Terrorismo e extremismo são os maiores desafios mundiais”, diz Fedotov BR

Chefe do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, falou em conferência na Rússia sobre perigos mortais de combatentes extremistas; Fedotov pediu que ligações entre crime e terrorismo sejam combatidas.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O diretor-executivo do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, Yury Fedotov, afirmou nesta quarta-feira que nos últimos 10 anos, a “ameaça do terrorismo evoluiu e se expandiu, se tornando cada vez mais descentralizada e difusa”.
Em uma conferência na cidade russa de São Petesburgo, Fedotov declarou: “o terrorismo é agora mais do que nunca uma ameaça à paz e segurança internacionais”.
Tecnologia
O chefe do Unodc alertou que os desafios vão desde o “uso de tecnologias de informação para propagar ideologias extremistas até o fluxo de combatentes terroristas estrangeiros através das fronteiras”.
Segundo Fedotov, a rapidez dessas mudanças pode ser vista com o crescimento do grupo autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.
Ele afirmou que o Isil inspirou ataques ao redor do mundo e que um grande número de combatentes terroristas estrangeiros juntou-se ao grupo, muitos da Europa e do sul e sudeste da Ásia.
Extremismo
Fedotov afirmou que alguns destes combatentes “deixaram zonas de conflito após de desiludirem”. No entanto, ele afirmou que “outros permanecem radicalizados e mantêm tanto a intenção quanto a capacidade de conduzir ataques terroristas em seus países de origem ou residência”.
O Unodc está ajudando países através de seu Programa Global sobre o Fortalecimento de Regimes Legais contra Combatentes Terroristas Estrangeiros no Oriente Médio, Norte da África e região dos Balcãs.
Financiamento
O diretor-executivo afirmou que o escritório está expandindo o trabalho no combate ao financiamento do terrorismo, em relação aos combatentes estrangeiros, com um novo projeto. A iniciativa apoia Estados tendo como alvo especificamente vias de financiamento para o Isil.
Fedotov também destacou a necessidade de capacitar os países para combater com sucesso o extremismo violento e a radicalização entre jovens. O chefe do Unodc também propôs combater as ligações entre crime organizado transnacional e o terrorismo.