ONU preocupada com estrangeiros que se juntam a grupos terroristas
Conselho de Segurança apreensivo com relatos de mais de 15 mil combatentes estrangeiros afiliados a formações aliadas à Al-Qaeda; secretário-geral propõe novo olhar sobre os desafios que permitem o aumento do fenómeno.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O secretário-geral das Nações Unidas disse que olhar para os desafios que permitem o progresso do terrorismo através de uma lente militar revelou as suas limitações.
As declarações de Ban Ki-moon foram feitas, esta quarta-feira, numa sessão do Conselho de Segurança que debateu a ameaça representada pelo terrorismo e o extremismo violento à paz e segurança internacionais.
Estrangeiros
Numa declaração presidencial, o Conselho sublinha que a ameaça do terrorismo está a expandir e a intensificar-se afetando um maior número de Estados-membros da organização em grande parte das regiões.
O Conselho de Segurança manifestou apreensão com relatos de mais de 15 mil combatentes estrangeiros, de mais de 80 países, que viajaram para juntar-se ou lutar em grupos terroristas associados a Al-Qaeda.
Desafios
À comunidade internacional, o secretário-geral pediu que pense mais profundamente em torno das condições fundamentais que permitem que o extremismo aumente
Aos Estados-membros do órgão, Ban disse que a ameaça de combatentes terroristas estrangeiros e o flagelo do extremismo violento não são apenas desafios de segurança. Para ele, podem afetar a estabilidade e o tecido social de comunidades, países e regiões.
O chefe da ONU acrescentou ainda que uma abordagem do contraterrorismo centrada nos direitos deve ocorrer no início de todo o planeamento e não somente como uma reflexão posterior.