Minusca quer garantir que vítimas de abusos recebam ajuda
Missão da ONU na República Centro-Africana está a trabalhar neste sentido; foram reportados quatro novos casos de alegada exploração sexual que envolvem capacetes azuis.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas estão a trabalhar para garantir ajuda às vítimas de quatro novas alegações de abuso sexual que envolvem soldados da Missão da ONU na República Centro-Africana, Minusca.
Segundo informações recebida de parceiros humanitários no dia 11, as alegações relacionam-se a capacetes azuis da República Democrática do Congo.
Menores
As vítimas seriam quatro menores de idade, mas não foi dito se são raparigas ou rapazes. Todos vivem no acampamento para deslocados internos de Ngakobo e teriam sido exploradas sexualmente pelos soldados de paz entre 2014 e 2015.
O porta-voz das Nações Unidas afirmou que a Minusca coopera com as agências humanitárias para garantir que as vítimas tenham acesso à assistência médica e psicossocial.
Farhan Haq notou que as alegações ocorrem na sequência do engajamento da Missão e agências da ONU com comunidades, numa tentativa de convencer as vítimas dos abusos a denunciarem o ocorrido.
Investigação
A RD Congo, país de nacionalidade dos alegados abusadores, foi informada sobre a situação e deve apresentar, dentro de 10 dias, sua intenção de investigar os casos. Se as autoridades congolesas falharem, caberá à ONU fazer sua própria investigação.
A organização garante estar a tomar medidas sérias após as recentes revelações de exploração sexual e de abusos cometidos por forças de paz na República Centro-Africana.
Na passada semana, foi nomeada uma coordenadora para conter a situação, a oficial norte-americana Jane Holl Lute.
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