Conselho de Segurança revela “profunda preocupação” com o Burundi
Declaração presidencial do órgão mencionou “crescente insegurança”, “aumento contínuo na violência” e “persistente impasse político”; documento foi emitido após sessão realizada esta quarta-feira.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas expresso “profunda preocupação” com a “crescente insegurança” e o “contínuo aumento da violência” no Burundi.
Em declaração presidencial emitida nesta quarta-feira, o órgão também mencionou o “persistente impasse político no país, marcado pela falta de diálogo entre os atores burundeses”.
Mortes
Segundo o Escritório da ONU para Direitos Humanos, pelo menos 198 pessoas morreram desde abril, após o anúncio da candidatura do presidente Pierre Nkurunziza ao terceiro mandato.
Somente nas últimas três semanas, 63 pessoas perderam a vida no país. O número corresponde a cerca de um terço do total.
Direitos Humanos
Na declaração, o Conselho de Segurança expressou profunda preocupação com o aumento nos casos de abusos e violações de direitos humanos e a “prevalência da impunidade”.
O órgão mencionou que mais de 200 mil burundeses estão em buscam de refúgio em países vizinhos. O Conselho elogiou os esforços dos que respondem à crise humanitária na região.
Acordos de Arusha
Os integrantes do Conselho recordam a importância de respeitar a Constituição do Burundi assim como os Acordos de Arusha, de paz e reconciliação.
Eles destacaram que a situação no país tem o potencial de “minar gravemente os ganhos significativos” alcançados através do pacto, com “consequências devastadoras” para o país e a região como um todo.
O Conselho instou a todos os envolvidos a rejeitar a rebelião armada para resolver a atual crise e, mais uma vez, apelou aos intervenientes burundeses ao envolvimento no diálogo “para poupar o seu país e a população de mais sofrimento”.
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