ONU quer investigação rigorosa da morte de 11 pessoas no Burundi
Grupo de vítimas inclui nove civis, a maioria da mesma família; dois polícias e um funcionário da OIM perderam a vida na operação; autoridades teriam dado como justificação a libertação de polícias sequestrados.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O secretário-geral das Nações Unidas pediu esta quinta-feira uma investigação rápida e rigorosa das circunstâncias da morte de nove civis e dois membros da polícia na capital do Burundi,
A nota de Ban Ki-moon destaca tiroteios ocorridos em vários bairros da cidade que na terça-feira resultaram na perda das vidas, após baleamentos à queima-roupa. Entre os mortos está um funcionário da Organização Internacional para as Migrações, OIM.
Família
Agências de notícias citam as autoridades burundesas a confirmar a morte de um operador de câmara da TV Burundi e sua família durante a operação.
Segundo a polícia, a ação seria para resgatar dois elementos da corporação que teriam sido sequestrados. De acordo com relatos de testemunhas, as forças policiais entraram na casa das vítimas à procura dos sequestradores enquanto atiravam.
Justiça
Após condenar o ato, o secretário-geral expressou condolências às famílias das vítimas. Ban instou às autoridades burundesas a apurar os motivos por detrás do que chamou de "crimes hediondos" e para que garantam que os autores sejam levados à justiça.
A instabilidade no Burundi teve início em abril passado com o anúncio da candidatura do presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, para o terceiro mandato no poder.
*Apresentação: Denise Costa
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