ONU preocupada com escalada das tensões em Jerusalém e Cisjordânia
Alerta foi feito esta terça-feira pelo Escritório de Direitos Humanos; órgão citou ainda confrontos entre israelenses e palestinos depois de Israel ter implementado restrições à entrada de árabes na mesquita de Al-Aqsa.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O escritório de Direitos Humanos da ONU afirmou esta terça-feira que está preocupado com a escalada das tensões e dos confrontos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.
Segundo o órgão das Nações Unidas, o problema foi causado por uma onda de protestos contra as restrições impostas por Israel impedindo os fiéis muçulmanos de entrarem na mesquita de Al-Aqsa.
Calma
O Escritório de Direitos Humanos disse que recentemente, em alguns momentos, as forças de segurança israelenses usaram excesso de força contra manifestantes palestinos.
O porta-voz Rupert Colville pediu calma depois de o governo israelense ter autorizado seus militares a usarem armas de fogo com munição real e não balas de borracha, em situações de “risco de morte” em Jerusalém Oriental.
Colville afirmou que qualquer uso de “força letal” pode aumentar o ciclo de violência e “inflamar ainda mais uma situação já tensa”.
Investigação
Ele pediu às autoridades israelenses que assegurem que os militares façam uso de força somente em último recurso e de acordo com os padrões da lei internacional para manutenção da ordem pública.
O porta-voz citou ainda alegações sobre o uso excessivo de força contra manifestantes cometido por forças de segurança palestinas em Belém, na sexta-feira passada.
Colville elogiou a decisão do governo da Autoridade Nacional Palestina de abrir uma investigação sobre a conduta da polícia palestina durante os protestos.
O escritório de Direitos Humanos pediu moderação a israelenses e palestinos e que os dois lados adotem medidas para restaurar a calma na região.
Leia Mais:
Conselho de Segurança: "grave preocupação" com tensões em Jerusalém
Conselho de Segurança debate confrontos entre israelenses e palestinos
Enviado da ONU apela por respeito a locais sagrados em Jerusalém