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Enviado da ONU alerta para “potencial de escalada da violência” em Jerusalém BR

Nickolay Mladenov (em videoconferência) apresenta informe em reunião no Conselho de Segurança. Foto: ONU/Manuel Elias

Enviado da ONU alerta para “potencial de escalada da violência” em Jerusalém

Cordenador especial para o processo de paz no Oriente Médio fala de protestos generalizados e confrontos violentos; atos envolvem manifestantes palestinos e forças de segurança de Israel, na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e em Gaza.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio falou da situação regional, dois dias após o anúncio do presidente Donald Trump de que os Estados Unidos iriam reconhecer oficialmente Jerusalém como a capital de Israel.

Nickolay Mladenov disse ao Conselho de Segurança que está “particularmente preocupado com o risco potencial de uma escalada da violência” e que o seu escritório continua a acompanhar de perto os desenvolvimentos no terreno.

Confrontos

O enviado contou que desde o anúncio da decisão há protestos generalizados e confrontos violentos entre manifestantes palestinos e forças de segurança de Israel em toda a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza.

Pelo menos um palestino morreu e outros mais de 140 ficaram feridos, de acordo com o Escritório da ONU de Assistência Humanitária.

O representante também mencionou protestos ocorridos em cidades árabes e em aldeias de Israel, além de áreas “desde o Líbano à Jordânia e da Malásia a Bangladesh.”

Provocação

Mladenov pediu aos líderes políticos, religiosos e comunitários que se abstenham de “ações de  provocação e de retórica que possa levar a uma escalada da violência”. Ele  pediu contenção e envolvimento no diálogo.

O enviado acrescentou que a ONU continua fortemente empenhada em apoiar todos os esforços em busca de uma solução negociada entre as partes.

Para Mladenov, essa é a única maneira de alcançar as legítimas aspirações de israelenses e palestinos e reiterou as palavras do secretário-geral na reação ao anúncio americano defendendo que não existe um plano B para a solução de dois Estados.

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