República Centro-Africana: ONU relata novas alegações contra forças de paz BR

ONU aguarda ação do país que contribuiu com soldados envolvidos; missão das Nações Unidas no país revelou que caso está relacionado com três mulheres jovens; acusações foram reveladas pelas famílias há uma semana.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
A Missão da ONU na República Centro-Africana, Minusca, anunciou nesta quarta-feira uma série de novas alegações de má conduta envolvendo boinas azuis.
A vice-representante especial do secretário-geral no país, Diane Canto, disse que o caso tem a ver com três mulheres jovens, incluindo uma menor, que teriam sido vítimas de estupro por membros do contingente militar da operação de paz.
Direitos Humanos
Falando a jornalistas em Bangui, a vice-chefe da Minusca disse que a missão foi informada das alegações pelas famílias das jovens na semana passada.
No dia 11 de agosto a ONG de direitos humanos Anistia Internacional publicou acusações relacionadas aos boinas azuis. Um dia após a informação, o então chefe da Minusca, Babacar Gaye, renunciou ao cargo a pedido do secretário-geral da ONU.
Denúncia
Canto revelou que após tomar conhecimento das novas acusações, a missão informou imediatamente à sede das Nações Unidas em Nova York. A organização notificou o Escritório de Serviços de Supervisão Interna e o país que contribuiu com as forças.
O procedimento prevê que em 10 dias, esse Estado informe à organização se pretende investigar os casos.
Diane Canto disse ainda que se o país não fizer uma apuração ou não responder ao pedido da sede da Nações Unidas, a organização vai lançar a sua própria investigação.
*Apresentação: Laura Gelbert.
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