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“Surto de ebola na Áfica Ocidental ainda não acabou”, diz enviado da ONU BR

David Nabarro. Foto: ONU/Simon Ruf

“Surto de ebola na Áfica Ocidental ainda não acabou”, diz enviado da ONU

David Nabarro participou de encontro nesta quinta-feira no Conselho de Segurança sobre paz e segurança no continente, com relação à resposta à doença;  para diretora-geral da OMS, “mundo aprendeu com a experiência com o ebola”.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

Um encontro no Conselho de Segurança nesta quinta-feira abordou a questão da paz e segurança na África, com relação à resposta global ao surto de ebola.

Por vídeo-conferência, o enviado especial das Nações Unidas sobre o ebola destacou três componentes da resposta à doença: o impacto de liderança forte e decisiva; a importância do envolvimento comunitário; e o valor de trabalhar junto na solidariedade em longo prazo.

Solidariedade

David Navarro afirmou que governos nacionais, organizações regionais e líderes globais evolveram-se no desafio da resposta à doença como nunca antes.

No entanto, falando sobre a solidariedade em longo prazo, ele afirmou que o “surto de ebola na África Ocidental não acabou”.

Segundo Nabarro, “ainda há necessidade de solidariedade técnica, operacional e financeira” com as pessoas que estão trabalhando nesta questão nos países afetados.

Vacinas

Ele disse ainda que as pessoas que sobreviveram à doença carecem de apoio, e que muitos precisam de acesso à assistência médica específica e ajuda para reconstruir suas vidas.

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou que os resultados preliminares de testes clínicos na Guiné para uma vacina foram “extremamente encorajadores.”

Margaret Chan afirmou que os “estudos vão continuar” e que a agência “vai mobilizar fundos para o rápido envio da vacina, uma vez que ela for aprovada por autoridades reguladoras”

Aprendizado

A chefe da OMS afirmou que o “mundo aprendeu com a experiência com o ebola”.

Chan afirmou estar “pessoalmente supervisionando reformas” na agência que incluem, entre outras medidas, a criação de uma força de trabalho de emergência em saúde global.

De acordo com a agência da ONU, 29.929 casos de ebola foram confirmados e 11.283 pessoas morreram devido ao surto que foi mais grave na Serra Leoa, na Guiné  e na Libéria.

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