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OMS diz que vacina contra ebola será testada em humanos em 15 dias BR

Foto: OMS

OMS diz que vacina contra ebola será testada em humanos em 15 dias

Organização Mundial da Saúde espera que resultados da primeira fase saiam já em dezembro; se tudo der certo, produção levaria de seis meses a um ano.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que começará a testar duas vacinas contra o ebola em seres humanos nos próximos 15 dias.

A diretora-geral assistente da agência da ONU para Sistemas de Saúde e Inovação disse que os resultados dos testes clínicos devem estar disponíveis já em dezembro.

Produção

Marie Paule Kieny contou que os ensaios devem levar entre seis meses a um ano viabilizando assim a produção de uma vacina contra a doença que já matou mais de 4,5 mil pessoas, a maioria na África Ocidental.

A especialista afirmou que a fase inicial deve ajudar a verificar a segurança, a capacidade da resposta imunológica, além de determinar a dose certa.

As vacinas são a Cad3-Zebov, do laboratório britânico GlaxoSmithKline e a Vsvd-Zebov, doada à OMS pela Agência de Saúde Pública do Canadá.

Oxford

O ebola já infectou 9,1 mil pessoas. Os países mais atingidos pelo vírus são Libéria, Serra Leoa e Guiné.

Os testes clínicos para a vacina Cad3-Zebov estão sendo feitos na cidade britânica de Oxford, nos Estados Unidos e no Mali. Em novembro, ela será testada em laboratórios de Lausanne, na Suíça.

Já as pesquisas da Vsdv-Zebov estão sendo realizadas nos Estados Unidos, na Alemanha, na Suíça, no Gabão e no Quênia. São 250 voluntários para as duas tentativas. Se tudo der certo, a África Ocidental poderá obter a vacina já no início do próximo ano.

Uma vez liberada, a imunização deve priorizar o pessoal da área de saúde, trabalhadores de funerárias que realizam os enterros de vítimas do ebola, parentes e pessoas em contato com os doentes.

A especialista da OMS lembrou que não existe vacina sem efeitos colaterais, mas descartou a hipótese de as pessoas imunizadas adoecerem por causa do ebola. Segundo ela, as “as vacinas não contêm suficiente material genético do vírus”.

* Apresentação: Mônica Villela Grayley.