Mianmar: agências humanitárias levam ajuda a áreas afetadas por enchentes
Segundo dados do governo do país, até quinta-feira, mais de 330 mil pessoas foram afetadas e 88 morreram.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
Após as chuvas de monção e a passagem do ciclone Komen terem causado grandes enchentes e fortes ventos em Mianmar, agências humanitárias estão chegando às áreas mais afetadas e a comunidades que precisam de ajuda de emergência.
As Nações Unidas e ONGs internacionais estão aumentando seu apoio às ações de resposta lideradas pelas autoridades do país, instituições locais, grupos da sociedade civil e pela Cruz Vermelha de Mianmar.
Resposta
Toneladas de alimentos para 103 mil pessoas e 620 mil comprimidos de tratamento de água já foram distribuídos, assim como outros itens de ajuda. A resposta está priorizando comida, abrigo, proteção, saúde, água e saneamento.
Os dados são do Escritório das Nações Unidas para a Cooordenação de Assistência Humanitária, Ocha.
Destruição
Equipes no terreno relatam cenas de ampla destruição de casas, plantações e infraestrutura. No entanto, em algumas áreas, as águas das enchentes estão começando a recuar.
De acordo com o Ministério do Bem-Estar Social, Assistência e Reassentamento, até quinta-feira, mais de 330 mil pessoas tinham sido afetadas e 88 morreram. Mais de 217 mil acres de terras agrícolas foram destruídos.
Rádio
Segundo o diretor do Programa Mundial de Alimentos, PMA, no país, “milhares de pessoas perderam casas, meios de subsistência, colheitas e estoques de comida e sementes”.
Dom Scalpelli afirmou que “a segurança alimentar será gravemente afetada”. Ele declarou que , em coordenação com o governo do Mianmar, a agência está agindo rápido para fornecer assistência emergencial e evitar que este desastre aumente a insegurança alimentar existente e desnutrição”.
Já a representante em exercício do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, no país, Shalini Bahuguna, disse que a agência está trabalhando com o governo para enviar mensagens de emergência a comunidades locais através do rádio.
O objetivo é dizer à população como evitar doenças transmitidas pela água.
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