Líbia: ONU pede fim dos combates em Benghazi e solução política para crise
Representante especial do secretário-geral da ONU condenou a escalada dos combates na cidade e o “pesado impacto sentido pelos civis”; segundo agência das Nações Unidas para Refugiados, número de deslocados no país quase dobrou desde setembro.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O representante especial do secretário-geral da ONU para a Líbia, Bernardino León, condenou a escalada dos combates em Benghazi e o “pesado impacto sentido pelos civis”.
Em um comunicado, León, que também é chefe da Missão das Nações Unidas de Apoio à Líbia, Unsmil, deplorou o contínuo bombardeio de áreas residenciais na cidade. Ele reiterou ainda sua crença de que “não pode haver solução militar para o conflito”.
Crise
Segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, o número de pessoas deslocadas no país quase dobrou desde setembro, de 230 mil para mais de 434 mil.
Cerca de 105 mil deslocados internos estão em Benghazi, onde a ONU tem trabalhado com o governo e ONGs locais e internacionais para distruibuir ajuda.
Segundo a Unsmil, apenas nesta semana houve relatos de pelo menos 10 mortes de civis na cidade, incluindo crianças.
Diálogo
De acordo com a Missão da ONU “a grande maioria dos líbíos quer um fim imediato ao conflito”.
O representante especial reiterou sua convicção de que um acordo político através do diálogo é a melhor forma de alcançar a paz no país.
León também lembrou a todos os envolvidos que ataques a civis são proibidos sob o direito internacional e podem constituir crimes de guerra. Assim, ele pediu a todos os lados que “interrompam imediatamente todos os ataques indiscriminados”.
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