Perspectiva Global Reportagens Humanas

Enviado da ONU pede apoio para acabar com crise de segurança na Líbia BR

Bernardino Léon. Foto: ONU/Amanda Voisard

Enviado da ONU pede apoio para acabar com crise de segurança na Líbia

Ataques terroristas e assassinatos como o do grupo de 21 cristãos egípcios ressaltam o “perigo iminente” enfrentado pelo país, pelo povo líbio e por toda a região, segundo Bernardino León.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O Conselho de Segurança reuniu-se nesta quarta-feira para discutir a situação de insegurança e crise política na Líbia. Falando por videoconferência, de Trípoli, o enviado da ONU ao país árabe afirmou que a Líbia precisa de apoio para resolver a situação.

Bernardino León citou os ataques terroristas e o recente assassinato em massa de 21 cristãos egípcios no país como indícios de que a Líbia está enfrentando um “perigo iminente” que afeta não só o povo líbio, mas também toda a região.

Diferenças

O enviado da ONU voltou a pedir a todas as partes em combate que resolvam suas diferenças para acabar com o conflito político e militar.

León é o chefe da Missão de Apoio à Líbia, Unsmil. Segundo ele, nas últimas semanas, o país árabe tem sido alvo de ataques “horríveis e brutais”. León contou que não tem palavras para expressar o “ultraje e repulsão” que sentiu com a decapitação de 21 homens que foram mortos somente por causa da religão e da nacionalidade que tinham.

O enviado da ONU explicou que vários grupos extremistas baseados em ideologias radicais e associados à organização Al Qaeda têm aumentado na Líbia desde o fim do conflito armado em 2011.

Para León, o grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, também chamado de Daash já demonstrou seu potencial de destruição em Síria e no Iraque. Para ele, os grupos se aproveitam do vazio institucional que existe no país. Em janeiro, a ONU abrigou duas rodadas de conversações políticas em Genebra, na Suíça, para promover um acordo sobre um governo de unidade nacional na Líbia. Ele encerrou a apresentação ao Conselho de Segurança dizendo estar esperançoso para a realização de um acordo.