ONU na expectativa de pausa humanitária no Iêmen
Trégua deve começar no fim desta sexta e durar até o fim do Ramadã; secretário-geral da ONU afirmou ser “imperativo e urgente que ajuda humanitária possa chegar a todas as pessoas vulneráveis no Iêmen sem impedimentos”.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O secretário-geral da ONU afirmou que é “imperativo e urgente que ajuda humanitária possa chegar a todas as pessoas vulneráveis no Iêmen sem impedimentos e através de uma pausa humanitária incondicional”. A informação foi dada pelo porta-voz de Ban Ki-moon nesta quinta-feira.
Falando a jornalistas, Stephane Dujarric afirmou que o chefe da ONU “aguarda com expectativa os compromissos de todas as partes envolvidas no conflito no Iêmen para uma pausa humanitária incondicional começando nesta sexta-feira, 10 de julho, às 23:59 horário local, até o fim do Ramadã”.
Garantias
O porta-voz disse que o chefe da ONU agradeceu a decisão do Presidente Mansour Hadi e continua encorajando seu apoio a uma pausa humanitária.
Segundo Dujarric, Ban recebeu garantias através de seu enviado especial dos Houthis, do Congresso Geral do Povo e de outras partes que a “pausa será plenamente respeitada e não haverá violações por parte de nenhum combatente sob seu controle”.
Ajuda Humanitária
O porta-voz afirmou que para o chefe da ONU, “acesso pleno e sem obstáculos deve ser garantido a agências humanitárias em todas as partes do país, incluindo através do mar e aeroportos, para que os iemenitas possam receber medicamentos, vacinas, comida e água”.
Ban lembrou às partes em conflito de suas obrigações sob o direito humanitário internacional de proteger civis. Ele pediu a todos os lados que contribuam para “evitar uma catástrofe humanitária no país”.
Diálogo Político
O secretário-geral agradeceu as ações de seu enviado especial e encorajou todas as partes do conflito que estendam sua plena cooperação e apoio a ele.
Dujarric afirmou que o chefe da ONU “acredita firmemente que a única solução sustentável para o conflito no Iêmen é através de um diálogo político e de negociações pacíficas e inclusivas”.
Segundo dados do Escritório da ONU para a Coordenação de Assistência Humanitária, Ocha, mais de 21 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária no país. Este número representa 80% da população. Milhões estariam “a um passo da fome”.
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