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PMA obrigado a cortar ajuda para refugiados sírios por falta de verba BR

Refugiados sírios no Líbano. Foto: ONU/A. McConnell

PMA obrigado a cortar ajuda para refugiados sírios por falta de verba

Agência da ONU precisa urgentemente de US$ 139 milhões para cobrir operações pelos próximos três meses; desde o início do conflito em 2011 órgão tem levado alimentos para sírios que vivem no Líbano, Jordânia, Iraque e Egito.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.*

O Programa Mundial de Alimentos da ONU, PMA, foi obrigado a cortar ajuda para os refugiados sírios por falta de verba.

A agência da ONU afirmou que precisa urgentemente de US$ 139 milhões, o equivalente a R$ 432 milhões, para cobrir as operações de assistência aos refugiados que vivem na Jordânia, no Líbano, no Egito, na Turquia e no Iraque.

Sofrendo

O dinheiro será suficiente para que o PMA leve comida aos mais necessitados até setembro.

O diretor regional da agência, Muhannad Hadi, disse que antes do corte “os refugiados já estavam sofrendo para lidar com a situação com o pouco que o PMA consegue fornecer”.

O programa de alimentos da ONU reduziu pela metade os vales para compra de comida para os refugiados sírios que estão no Líbano.

Na Jordânia, se a agência não receber dinheiro até agosto será obrigada a suspender totalmente as operações deixando mais de 440 mil pessoas sem qualquer tipo de ajuda.

Recursos Limitados

Desde o início do ano, o PMA priorizou o uso dos fundos para garantir a entrega de comida aos mais necessitados. Mas com recursos limitados, a agência foi obrigada a reduzir o apoio a 1,6 milhão de refugiados sírios nos cinco países.

A guerra na Síria começou em março de 2011, desde então o PMA conseguiu levar alimentos para milhões de deslocados internos e para quase 2 milhões de refugiados em nações vizinhas.

Em 2014, a agência da ONU recebeu US$ 5,8 bilhões em contribuições de governos, empresas e de pessoas jurídicas, quase 30% a mais do que no ano anterior.

Mas neste ano, o PMA explica que as emergências e as necessidades continuam aumentando em todo o mundo, superando os fundos de ajuda disponíveis.

*Apresentação: Laura Gelbert.

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