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Agências da ONU pedem mais apoio e dinheiro para a Síria BR

Criança síria vivendo no meio dos destroços. Foto: Ocha/J. Guerrero

Agências da ONU pedem mais apoio e dinheiro para a Síria

FAO, Unrwa e PMA querem mais US$ 536 milhões para ajudar os mais necessitados; ONU realiza 3ª Conferência Humanitária Internacional para a Síria com o objetivo de arrecadar fundos para o país, nesta terça-feira no Kuwait.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

Várias agências da ONU fizeram um apelo  de US$ 536 milhões, o equivalente a R$ 1,7 bilhão, para ajudar os mais necessitados na Síria.

O pedido foi feito pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, pela agência de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa e pelo Programa Mundial de Alimentos, PMA.

Conferência Humanitária

Na véspera da 3ª Conferência Humanitária Internacional de Doadores, que acontece esta terça-feira no Kuwait, a Unrwa disse que precisa de US$ 415 milhões para prestar apoio a 560 mil refugiados palestinos que vivem na Síria.

A agência alertou que se não conseguir o dinheiro terá de suspender o programa de assistência para meio milhão de pessoas em questão de dias.

Segundo porta-voz da Unrwa, os trabalhos da agência na Síria estão divididos em dois pilares: ajuda humanitária de emergência e manter o desenvolvimento com serviços básicos, como escolas e clínicas de saúde.

A agência tem mais de 46 mil alunos matriculados em suas escolas e prestou serviços de saúde a quase 1 milhão de pessoas.

Alimentos

Já a FAO precisa urgentemente de US$ 121 milhões, aproximadamente R$ 390 milhões, para evitar a piora da situação de alimentos e o colapso da rede de alimentação regional.

A organização disse que metade da criação de animais do país foi perdida e a produção agrícola também caiu pela metade desde o início da crise em março de 2011.

A diretora-executiva do PMA, Ertharin Cousin, fez um alerta sobre as crianças que passaram os três primeiros anos de suas vidas numa situação de conflito e sem alimentação e nutrientes adequados.

Ela afirmou que a comunidade internacional deve garantir que a ajuda de comida lide diretamente com as necessidades de desenvolvimento das pessoas mais afetadas pela crise.

Agora entrando no quinto ano, a guerra na Síria já deixou mais de 11 milhões de deslocados, sendo 4 milhões de refugiados no Egito, no Iraque, na Jordânia, no Líbano e na Turquia.

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