Perspectiva Global Reportagens Humanas

Cuba é primeiro país a eliminar transmissão vertical do HIV BR

Segundo OMS, Cuba alcançou "grande vitória". Foto: Paho/OMS

Cuba é primeiro país a eliminar transmissão vertical do HIV

País recebeu validação da OMS por acabar com a transmissão do vírus e também da sífilis de mãe para bebê; chefe da agência da ONU afirmou que isso é uma das maiores conquistas de saúde pública.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.*

A Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou esta terça-feira que Cuba é o primeiro país do mundo a receber validação da agência por ter eliminado as transmissões de HIV e sífilis entre mãe e bebê.

A diretora-geral da agência da ONU, Margaret Chan, afirmou que “a eliminação da transmissão de um vírus é uma das maiores conquistas de saúde pública”.

Vitória

Chan disse que “isso foi uma grande vitória na longa luta contra o HIV e outras infecções transmitidas sexualmente e um importante passo na direção de uma geração livre da Aids”.

O diretor-executivo do Unaids, Michel Sidibé, declarou que “essa é uma celebração para Cuba e mostra que o fim da epidemia da Aids é possível”.

Sidibé espera que Cuba seja o primeiro de muitos países a buscar validação também por acabar com a epidemia entre crianças.

Tratamento

Segundo a OMS, todos os anos 1,4 milhão de mulheres com HIV ficam grávidas. Se não receberem tratamento, as chances do vírus ser transmitido para o bebê variam de 15 % a 45%, durante as fases de gravidez, parto e amamentação.

Mas o índice cai para pouco mais de 1% caso mãe e bebê recebam medicamentos antirretrovirais. O número de crianças nascidas com HIV caiu quase pela metade entre 2009 e 2013, passando de 400 mil para 240 mil.

Em relação a sífilis, quase 1 milhão de mulheres são infectadas anualmente, o que pode gerar vários problemas para o bebê, incluindo a morte. A organização diz que exames simples e tratamento com penicilina podem eliminar muitas destas complicações.

*Apresentação: Laura Gelbert.

Leia Mais:

Mulheres e meninas estão "ficando para trás" na luta contra HIV na África

Tratamento antirretroviral precoce contra Aids salva vidas