ONU: Haiti está alcançando progressos concretos para realizar eleições este ano
Declaração foi feita pela enviada do secretário-geral para o país em pronunciamento no Conselho de Segurança; Sandra Honoré afirmou que os avanços foram conquistados apesar das “incertezas” causadas pela ausência de um Parlamento.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.*
A enviada especial do secretário-geral para o Haiti, Sandra Honoré, afirmou que o país tem feito progressos mensuráveis para realizar as eleições até o fim deste ano.
Honoré apresentou ao Conselho de Segurança o relatório sobre a Missão de Estabilização da ONU no Haiti, Minustah. Segundo ela, esses avanços foram conquistados apesar da “incerteza” causada pela ausência do Parlamento.
Datas
Em entrevista à Rádio ONU, em Nova York, a enviada do secretário-geral falou sobre as datas marcadas para a votação.
“ O calendário eleitoral que foi publicado tem um primeiro turno das eleições legislativas no dia 9 de agosto. No dia 25 de outubro, segundo turno das eleições legislativas e primeiro turno das eleições presidenciais e eleições municipais. Se houver necessidade de um segundo turno para as eleições presidenciais, estas terão lugar no dia 27 de dezembro, segundo o calendário eleitoral.”
Ela pediu aos envolvidos no processo que continuem com o diálogo genuíno e com consultas transparentes que contribuam para criar um ambiente de confiança entre todas as partes.
A ONU e parceiros internacionais estão trabalhando com o Conselho Eleitoral Haitiano na organização de eleições justas, transparentes e inclusivas que levem à posse da 50ª legislatura em janeiro de 2016 e à transferência de poder ao novo presidente eleito no mês seguinte, fevereiro.
Apoio
A Minustah segue o mandato do Conselho de Segurança para fornecer apoio logístico e técnico ao governo do Haiti para melhorar a capacidade do Estado de direito das instituições nacionais e municipais.
Honoré disse ainda que a situação de segurança continua “relativamente estável” apesar de um recente aumento em certos tipos de crimes, da violência ligada a gangues e a protestos públicos.
A situação humanitária também mudou. Os casos de cólera caíram de 350 mil em 2011 para menos de 28 mil no ano passado. Além disso, o país continua avançando no processo para abrigar as pessoas que perderam tudo no terremoto de 2010.
*Apresentação: Leda Letra.