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Unicef: jovens têm papel importante na redução do risco de desastres BR

Anthony Lake. Foto: ONU/Mark Garten

Unicef: jovens têm papel importante na redução do risco de desastres

Chefe da agência da ONU fez a declaração na conferência sobre o assunto que está sendo realizada no Japão; Anthony Lake disse que é importante ouvir comunidades onde ocorrem enchentes, secas e fortes tempestades.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O diretor-geral do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, Anthony Lake, afirmou que as crianças e os jovens representam uma parte importante nas respostas das comunidades a desastres naturais e devem ter um papel importante na redução dos riscos.

Lake fez a declaração esta terça-feira durante a conferência sobre o tema que está sendo realizada em Sendai, no Japão.

Planejamento e Preparação

O chefe do Unicef disse que “não se pode evitar enchentes, secas ou tempestades, mas com melhor planejamento, preparação e resposta, esses eventos não precisam virar desastres”.

Mas Lake alertou que isso não acontecerá se as autoridades não escutarem aqueles que conhecem melhor as comunidades afetadas pelos problemas, as pessoas que vivem na região.

Ele pediu maior participação da comunidade internacional e ao falar sobre crianças e jovens, disse que desde o final dos anos 90, desastres relacionados ao clima afetaram 60 milhões de menores e a previsão é de que esse número suba para 200 milhões no futuro.

Lake declarou que isso coloca uma quantidade cada vez maior de crianças em risco de morte, de ficar fora da escola e também de tráfico e exploração.

Saúde

O chefe do Unicef deu como exemplo o trabalho de cuidados de saúde em Níger, que foi capaz de salvar 60 mil crianças somente em 2009. Ele citou também o sistema de alerta contra ciclones e a construção de escolas resistentes aos fortes ventos em Madagascar.

Desde a implementação do sistema e a construção das escolas, em 2006, nenhuma criança morreu no país por causa de desastres naturais.

O enviado especial do secretário-geral para a Juventude, Ahmad Alhendawi, que também participa do encontro, disse que as crianças e os jovens já provaram que são parte das operações de resposta e parte da solução dos problemas.