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Representante do secretário-geral fala sobre situação na Líbia BR

Bernardino León. Foto: ONU/Jean-Marc Ferre

Representante do secretário-geral fala sobre situação na Líbia

Bernardino León disse ao Conselho de Segurança que país vive em um contexto extremamente difícil num clima de caos; ele citou fuga de migrantes pelo Mediterrâneo e assassinatos de cristãos etíopes por militantes do Daesh.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O representante especial do secretário-geral da ONU para a Líbia, Bernardino León, alertou esta quarta-feira que “o país vive em um contexto extremamente difícil, num clima dominado pelo caos”.

Falando a jornalistas depois da reunião a portas fechadas no Conselho de Segurança, León afirmou que “o caos explica dramas que nós temos visto recentemente, a morte no Mediterrâneo de centenas de migrantes que viajam para o sul da Itália e outros países”.

Daesh/Isil

Além disso, o representante de Ban Ki-moon citou também os assassinatos de cristãos etíopes, no sul do país, por integrantes do Daesh, denominação em árabe para o grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.

Na tentativa de encontrar uma solução para a crise no país, a Missão de Apoio da ONU na Líbia, Unsmil, apresentou a todas as partes envolvidas no conflito o rascunho de uma proposta de acordo político.

A proposta inclui questões discutidas nos últimos três meses e tem como base a “inviolabilidade do processo democrático”.

Léon espera retomar o diálogo entre as partes o mais rápido possível, talvez a partir da semana que vem. Ele explicou que a proposta é um ‘trabalho em progresso” até que todos concordem com os termos e assim, se transformará num acordo político viável.

Ramadã

O representante do secretário-geral disse que todos os envolvidos no processo de diálogo sabem que não existe uma solução militar para a crise.

Ele afirmou que o conflito no país não só afeta, mas tem como objetivo impedir o diálogo político.

León declarou que a meta é iniciar as reuniões sobre segurança e com os líderes tribais já na próxima semana.

A comunidade internacional espera ver um acordo entre todas as partes antes do início do Ramadã, período religioso muçulmano que começa, este ano, em 17 de junho.

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