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OMS confirma fim da transmissão do ebola no Senegal BR

Foto: Irin/Tommy Trenchard

OMS confirma fim da transmissão do ebola no Senegal

Agência da ONU diz que diligência do país em conter o vírus pode servir de exemplo; PMA começa a entregar comida para 265 mil em Serra Leoa, a maior distribuição feita em um só dia.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, declarou esta sexta-feira o fim do surto de ebola no Senegal e elogiou o país pela “diligência em acabar com a transmissão do vírus”.

O único caso no Senegal foi confirmado em 29 de agosto, em um jovem que viajou de Dacar, capital do país, para a Guiné e que teve contato direto com outra pessoa com ebola.

Plano

O paciente foi declarado livre do vírus no dia 5 de setembro e desde então, nenhum outro caso foi registrado no Senegal. Para a OMS, a resposta do país é um bom exemplo do que deve ser feito para combater o surto.

O plano do governo e do Ministério da Saúde senegaleses incluiu monitorar 74 pessoas que tiveram contato com o paciente, testar rapidamente casos suspeitos e reforçar a vigilância nos principais pontos de entrada do país.

A população também foi informada por meio de campanhas de conscientização. A OMS enviou uma equipe de epidemiologistas para o país.

Alimentação

A agência da ONU destaca, no entanto, que por sua posição geográfica, o Senegal continua vulnerável ao ebola, por isso deve manter a vigilância para qualquer caso suspeito.

Também esta sexta-feira, o Programa Mundial de Alimentos anunciou a maior distribuição de comida feita em um dia desde o início do surto de ebola. A ação vai beneficiar 265 mil pessoas da Serra Leoa.

São 800 toneladas de arroz, grãos, óleo vegetal e sal sendo distribuídas na capital Freetown e no subúrbio de Waterloo. O PMA mobilizou 700 trabalhadores humanitários para ajudar na entrega da comida, que deve ser suficiente para alimentar famílias por um mês.

Segundo o PMA, o ebola fez com que o preço dos alimentos subisse 24% nos países afetados. Ao conversar com a população da Libéria, Guiné e Serra Leoa, a agência descobriu que muitas famílias estão fazendo apenas uma refeição por dia.