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Comité sobre ébola reúne-se para discutir possíveis restrições a viagens

Distribuição de ajuda na Libéria. Foto: OMS/R. Sørenson

Comité sobre ébola reúne-se para discutir possíveis restrições a viagens

Agência internacional é responsável por aconselhar a Organização Mundial da Saúde sobre recomendações de viagens e de comércio; PMA começa a construir bases logísticas em áreas remotas de África Ocidental.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Comité para Regulamentação Internacional de Saúde reúne-se esta quarta-feira, pela terceira vez, para tratar a resposta de emergência ao ébola.

O objetivo é avaliar os últimos desenvolvimentos sobre o vírus e aconselhar a Organização Mundial da Saúde, OMS, sobre a necessidade, ou não, de mudar as atuais restrições de comércio e de viagens.

Bases

Até o momento, a OMS não fez nenhuma recomendação do tipo. O vírus ébola matou mais de 4,5 mil pessoas, dentre mais de 9,2 mil infectados. Os países mais atingidos são Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.

Esta semana, o Programa Mundial de Alimentação, PMA, está a enviar por via aérea equipamentos para zonas remotas dos três países. O material será utilizado para a construção de bases logísticas direcionadas à resposta ao ébola.

Ajuda Alimentar

O PMA anunciou ainda que um navio com 7 mil toneladas de arroz chegou a Freetown, em Serra Leoa, directamente do Benim. Parte do arroz seria descarregada em Freetown pelo navio que seguiria depois para Monróvia, na Libéria.

O chefe da Missão da ONU para Resposta de Emergência ao Ébola, Anthony Banbury, chegou a Guiné-Conacri na terça-feira e reúne-se com autoridades do governo, incluindo o presidente.

Dinheiro

Sobre doações financeiras para a resposta global, o Fundo da ONU já recebeu US$ 50 milhões, mas muito mais é necessário, segundo o secretário-geral.

O dinheiro é utilizado para laboratórios móveis, formação de profissionais de saúde, veículos, helicópteros e equipamentos médicos. Ban Ki-moon agradeceu os governos da Austrália, Colômbia, Venezuela e Coreia do Sul, os últimos países a fazer contribuições para o fundo.