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ONU alerta que 5,5 milhões de crianças foram atingidas pela guerra na Síria BR

ONU alerta que 5,5 milhões de crianças foram atingidas pela guerra na Síria

Unicef e Acnur disseram os menores sírios não vão aguentar mais um ano de “um banho de sangue, de sofrimento e sem escola”; segundo as agências uma geração inteira pode estar perdida se o conflito não chegar ao fim.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

Agências da ONU alertaram esta segunda-feira que 5,5 milhões de crianças na Síria correm o risco de ter um futuro sombrio por causa da guerra civil no país.

A porta-voz do Acnur, Melissa Fleming, disse que mais de 5 milhões de crianças são afetadas pela violência, pelo trauma e pelo deslocamento devido ao conflito.

Respeito

Fleming afirmou que todas as partes envolvidas nos confrontos devem respeitar a lei humanitária, suspender o recrutamento de crianças e se comprometer a uma resolução pacífica para o problema.

Mais uma vez ela declarou que deve acabar o bloqueio a entrada de ajuda humanitária no país. O mesmo deve acontecer em relação aos ataques contra os trabalhadores e instalações que fornecem a assistência.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e o Alto Comissariado para Refugiados, Acnur, afirmaram que as crianças sírias não vão aguentar mais um ano de “um banho de sangue, de sofrimento e sem escola”.

Geração perdida

Segundo as agências, o conflito armado continua expondo as crianças aos horrores e sofrimentos. Além disso, o Unicef e o Acnur dizem que no momento em que a guerra na Síria atinge 3 anos em março e sem um fim à vista, uma geração inteira pode estar perdida.

Junto com as agências da ONU, três outras organizações humanitárias, a Mercy Corps, a Salve the Children Fund e a World Vision, fizeram um apelo global para que as pessoas protestem contra essa situação.

No sábado, o Conselho de Segurança aprovou por unanimidade resolução que exige das partes envolvidas na guerra que permitam a entrega de assistência humanitária, parem de impedir que civis recebam comida e remédios e que permitam também a saída de todas as pessoas que queiram deixar regiões sitiadas.