Acnur pede mais segurança no Sudão do Sul
Agência da ONU afirmou que violência já se espalhou por sete dos 10 Estados do país; Alto Comissariado foi obrigado a reduzir operações em algumas regiões por causa dos confrontos.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, pediu mais segurança no Sudão do Sul enquanto realiza missões de ajuda.
Segundo o Acnur, a violência já se espalhou por sete dos 10 Estados do país. A Agência da ONU foi obrigada a reduzir suas operações em várias áreas por causa dos confrontos armados.
Dificuldades
Apesar de todas as dificuldades, o Acnur informou que mais de 200 funcionários do órgão continuam no Sudão do Sul ajudando os mais necessitados.
O Alto Comissariado afirmou que desde 15 de dezembro, o número de deslocados internos chegou a 180 mil e mais de 10 mil fugiram para países vizinhos.
O chefe de operações do Acnur para a África, Oscar Mundia, afirmou “ser crucial que a entrega da ajuda humanitária não seja interrompida”.
Crianças
Mundia alertou que um dos focos da agência é a proteção das crianças. Segundo ele, muitas famílias se separam quando têm de fugir rapidamente de uma área.
Por isso, os funcionários têm o cuidado de criar locais específicos para os menores nos centros de abrigo e também de auxiliar na identificação e reencontro dos que se perderam.
O Acnur está trabalhando de perto com a Missão da ONU para o Sudão do Sul, Unmiss e com o Escritório de Assistência Humanitária, Ocha.
O Alto Comissariado e a Unmiss vão montar acampamentos para os deslocados em Juba, a capital. A iniciativa pode ser levada também para outras cidades.
O Acnur lembra que continua prestando assistência a 210 mil refugiados que vivem no norte do Sudão do Sul, a maioria vindos do país vizinho Sudão.