Representante no Iraque quer estratégia contra extremismo sectário
Ao Conselho de Segurança, Nickolay Mladenov reconhece que os desafios do país não podem ser isolados dos riscos da região; ele diz que resolver a crise síria é vital para o Iraque.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O Conselho de Segurança avalia esta segunda-feira a situação do Iraque e o trabalho da Missão da ONU no país, Unami. Durante a reunião, em Nova York, o representante da ONU para o Iraque reconheceu que “os desafios do país já não podem mais ser isolados dos riscos que a região enfrenta”.
Nickolay Mladenov defendeu que resolver a crise síria e adotar uma estratégia regional contra o extremismo sectário ou religioso são “vitais para levar estabilidade ao Iraque.”
Assassinatos
O representante pediu ao Conselho de Segurança apoio ao povo iraquiano, em sua luta contra o terrorismo, em especial contra ataques que têm civis como alvo.
Segundo Mladenov, “grupos armados tentam impor sua vontade em várias partes do país , buscam criar um vácuo político e estimulam o conflito assassinando líderes políticos e atacando peregrinos xiitas e mesquitas”.
O representante da ONU no Iraque diz que “enquanto uma resposta militar é necessária, uma série de estratégias são precisas para inibir as atividades terroristas”.
Sírios
Mladenov cita algumas, como garantir compensação para vítimas ou suas famílias. Ele garantiu ao Conselho de Segurança que a Unami trabalha com o Ministério da Justiça iraquiano para melhorar as condições das prisões e a reforma do sistema de justiça penal.
Durante a reunião no Conselho, o representante também agradeceu o governo e o povo iraquiano por acolher mais de 200 mil sírios que fogem da guerra civil. Mladenov destacou em especial o trabalho da região autônoma do Curdistão, que recebe 98% dos refugiados da Síria.