Estudo da OIT elogia aumento de salário mínimo no Brasil desde 2004
Publicação apresenta série de políticas para produção de sinergia entre crescimento econômico e criação de postos de trabalho decentes; Bolsa Família também é citado ao lado de programas da África do Sul e da Turquia entre outros.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, voltou a defender a criação de postos de trabalho decentes para promover crescimento econômico.
A afirmação é o tema de uma publicação da OIT que analisa as tendências do mercado de trabalho em vários países emergentes. O livro apresenta uma série de políticas que levam à sinergia entre o crescimento econômico e a criação de trabalhos decentes.
Proteção Social
O Brasil foi citado no estudo com o Bolsa Família e os efeitos sobre a redução da pobreza assim como as políticas que elevaram os níveis do salário mínimo em mais de 130% desde 2004.
A co-autora do livro, Sandrine Cazes, notou que o mundo registrou avanços na redução da pobreza, e que a maioria dos países emergentes se mostrou resistente à crise.
Mas para ela, muitos trabalhadores ainda têm que enfrentar a realidade do emprego informal, proteção social limitada assim como o acesso à previdência.
África do Sul e Turquia
A publicação “Os mercados de trabalho das economias emergentes: o crescimento se traduz em mais e melhores empregos?” mostra as semelhanças e diferenças do mercado de trabalho. Além do Brasil, o livro cita programas na Indonésia, na África do Sul e na Turquia.
Uma das preocupações dos especialistas é que a maioria dos postos de trabalho criados nos países emergentes não está relacionada a empregos formais com direitos e benefícios. O acesso à educação de qualidade e ao treinamento também são algumas das falhas desses mercados.