Forças armadas de Mianmar liberam 68 crianças-soldado
ONU elogiou a medida que segue a determinação do Plano de Ação firmado entre o governo do país e a força-tarefa das Nações Unidas; total de menores libertados chega a 176 nos últimos 13 meses.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
Várias agências da ONU saudaram, esta quarta-feira, a libertação de 68 crianças e jovens do exército de Mianmar, também conhecido como Tatmadaw.
O ato ocorrido na capital, Yangon, é considerado o maior do gênero desde que, no ano passado, o governo assinou um compromisso com as Nações Unidas para pôr fim às violações dos direitos das crianças.
Plano
Em Julho, 42 crianças e jovens foram retiradas das Forças Armadas, no primeiro aniversário do Plano de Ação para Prevenir e Acabar com o Recrutamento ou a Utilização de Crianças pelo Tatmadaw.
Mianmar é uma das 14 nações com forças ou grupos armados identificados pelo Secretário-Geral, que cometem graves violações dos direitos das crianças. Os países trabalham em conjunto com a organização para acabar com as graves violações contra crianças em situações de conflito armado.
Compromisso
No evento, o coordenador residente da ONU para Mianmar, Ashok Nigam, considerou a medida um passo positivo no compromisso do governo com as Nações Unidas.
O Fundo da ONU para a Infância, Unicef, disse que nos últimos 13 meses, 176 crianças e jovens foram libertadas das Forças Armadas de Mianmar.
A vice-representante da agência no país asiático, Shalini Bahuguna, pediu às autoridades que continuem acelerarando o processo de identificação dos menores para que todas as crianças sejam urgentemente libertadas.
Convenção
Para reforçar as ações em curso, o Unicef pediu ao governo de Mianmar que ratifique o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança sobre o seu envolvimento em conflitos armados.
A agência reiterou que pediu a todos os grupos armados não-estatais identificados pelo Secretário-Geral da ONU, que cessem imediatamente o uso e o recrutamento de crianças-soldado.
*Apresentação: Edgard Júnior.