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Maior compartilhamento de poder atrasa reforma do FMI, diz economista BR

Maior compartilhamento de poder atrasa reforma do FMI, diz economista

Diretor-executivo do Fundo falou à Rádio ONU sobre o acordo político entre países avançados e emergentes para adaptar o órgão à realidade econômica do século 21.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Os planos de reforma do Fundo Monetário Internacional ainda não saíram do papel por causa de divergências sobre um maior compartilhamento de poder decisório do órgão.

A opinião é do economista e diretor-executivo do FMI, Paulo Nogueira Batista.

Crise Internacional

Nesta entrevista à Rádio ONU, de Moscou, ele mencionou o acordo político, firmado no âmbito do G-20 entre países emergentes e países desenvolvidos, para enfrentar a crise internacional de 2008-2009.

Segundo ele, havia dois aspectos do acordo, um deles era a ampliação do papel e dos recursos do FMI com a ajuda de países emergentes incluindo o Brasil, para aportar recursos e aumentar assim a capacidade de empréstimo do Fundo.

Larga Medida

Já a segunda parte do projeto seria a realização de reformas abrangentes do órgão. O objetivo das mudanças seria refletir o novo cenário internacional e o peso crescente de países emergentes. Mas para o economista, as reformas estão paralisadas.

Nogueira Batista opinou sobre alguns desafios que estão atrasando a reforma.

“Na minha opinião, não andou em larga medida porque há resistência de diferentes tipos dos países avançados de aceitar um maior compartilhamento do poder decisório dentro do FMI. Então, a segunda perna do acordo não foi cumprida até agora em razão das dificuldades do lado dos países desenvolvidos.”

Paulo Nogueira Batista participou de uma reunião de ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais dos países do G-20, em Moscou, na Rússia, onde o tema foi debatido. O encontro terminou no fim de semana.