Economista do FMI diz que redução de crescimento chinês afeta emergentes
Considerada a 2ª. maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China cresceu 7,5% de abril a junho, 0,2% a menos que primeiro trimestre do ano.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A desaceleração da economia chinesa já está afetando o mercado de commodities com efeitos sobre o Brasil, outras nações emergentes e os mercados africanos.
A opinião é do especialista do Fundo Monetário Internacional, Paulo Nogueira Batista. Ele está em Moscou participando do encontro dos ministros de Finanças e presidentes do Banco Central do G-20, e de reuniões dos Brics, o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Segunda Maior Economia
Nesta entrevista à Rádio ONU, de Moscou, o economista e diretor-executivo do FMI elogiou a política de cooperação dos Brics, mas disse que a queda de 0,2% no crescimento chinês, que agora é de 7,5% tem efeitos amplos, por se tratar de movimentos na segunda maior economia do mundo.
“Qualquer movimento que aconteça na economia chinesa repercute, e especialmente sobre os países exportadores que dependem muito da exportação de commodities, como é o caso dos outros Brics. E vários outros países emergentes. E a demanda chinesa por commodities é um elemento muito importante da economia global. E isso já está afetando o mercado de commodities, e afeta o Brasil, a Rússia e várias economias africanas.”
Desempenho
No primeiro trimestre do ano, a China registrou crescimento de 7,7%, a taxa passou a 7,5% entre abril e junho.
Para Nogueira Batista, o país asiático continua com um desempenho superior a de outras economias, especialmente as avançadas por causa da crise econômica global. Mas a leve redução gera a uma perda nos termos de intercâmbio e troca por causa da menor demanda chinesa por produtos primários.
A reunião dos ministros das Finanças e presidentes do Banco Central do G-20 termina neste sábado, em Moscou, na Rússia.