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Assembleia Geral realiza sessão sobre desigualdades pedindo ação de países BR

Assembleia Geral realiza sessão sobre desigualdades pedindo ação de países

Presidente da Casa afirmou que mundo não pode continuar aceitando injustiças; segundo Vuk Jeremic, 10% da população controlam 70% da riqueza global.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Assembleia Geral está promovendo uma sessão de alto nível nesta segunda-feira sobre formas de combater a desigualdade.

O encontro, convocado pelo presidente da Casa, Vuk Jeremic, pretende promover uma ponte de contato entre países e grupos considerados ricos e pobres. 

Descontentamento

Para Jeremic, sem este diálogo, o mundo entrará num estádio de descontentamento global como jamais visto na História.

Ele lembrou que a luta por justiça social tem sido uma questão que dura já milênios e que foi registrada nos livros considerados sagrados das maiores religiões do mundo.

O presidente da Assembleia disse também que a luta contra a desigualdade tornou-se um imperativo da era atual, e que integra a agenda pós-2015 acordada pelas Nações Unidas no Rio de Janeiro, no ano passado.

Relatório

Em setembro, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, apresentou um relatório sobre o tema.

No documento, o “Papel da ONU na Promoção de uma Nova Ordem Humana Global”, Ban pedia ação dos países para aliviar a pobreza e gerar mais igualdade.

Segundo o presidente da Assembleia Geral, nos últimos 30 anos, a desigualdade nos países mais desenvolvidos e em desenvolvimento aumentou. Muitos grupos marginalizados como mulheres, minorias étnicas, camponeses e indígenas não conseguiram melhorar seus níveis de vida.

Disparidades

E as disparidades entre países de rendas baixa e alta quase dobraram em menos de duas décadas. Atualmente, 10% da população que vive no topo da pirâmide comandam 70% da riqueza gerada no mundo.

Jeremic afirmou que a desigualdade leva a um aumento das taxas de criminalidade, à disseminação de doenças contagiosas, além de protestos e revoltas.

Ele disse ainda que os próximos 900 dias serão fundamentais para a decisão de incorporar a luta contra a desigualdade nas Metas de Desenvolvimento Sustentável, que serão adotadas depois de 2015.

O debate desta segunda-feira na Assembleia Geral conta com o apoio também da Organização dos Estados Americanos, OEA.