ONU promove últimos diálogos com candidatos à chefia da organização
Vuk Jeremic, da Sérvia; Helen Clark, da Nova Zelândia e Srgjan Kerim, da ex-República Iugoslava da Macedônia apresentam propostas; esta é primeira vez que candidatos ao posto de secretário-geral são ouvidos em público.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Quinta-feira foi o último dia de diálogos informais com candidatos ao posto de secretário-geral das Nações Unidas. Esta é a primeira vez na história da organização que os concorrentes apresentam publicamente suas ideias e respondem a perguntas de representantes dos Estados-membros.
Até o momento, nove pessoas apresentaram oficialmente suas candidaturas, incluindo cinco homens e quatro mulheres. O eleito ou a eleita pela Assembleia Geral toma posse em janeiro, substituindo Ban Ki-moon, da Coreia do Sul.
Renovação
O primeiro a apresentar suas propostas nesta quinta-feira foi Vuk Jeremic, da Sérvia. Ele acredita que as conquistas das Nações

Vuk Jeremic sugere esforço conjunto para “rejuvesnecer” a ONU. Ele acredita que o próximo (a) secretário(a)-geral precisa apresentar um conjunto de medidas neste sentido. O sérvio afirmou que já tem 53 políticas que pretende implementar caso seja escolhido para o cargo.
Desenvolvimento
O diplomata foi presidente da Assembleia Geral da ONU entre 2012 e 2013 e antes, foi por cinco anos ministro das Relações Exteriores da Sérvia.
A seguir a Vuk Jeremic, foi a vez da intervenção da administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud.

A candidata vê os próximos anos como vitais para se renovar as capacidades da ONU. Segundo Helen Clark, a organização contribuiu para o fim de conflitos, apoiar o desenvolvimento e colocou a erradicação da pobreza como prioridade.
Carta
Um outro candidato, Srgjan Kerim, participou da sabatina durante a tarde. Representando a ex-República Iugoslava da Macedônia, ele já foi ministro das Relações Exteriores e presidiu a Assembleia Geral da ONU.

O candidato da Macedônia avalia que “o entusiasmo é sempre um grande aliado na hora de melhorar a qualidade e o trabalho da ONU”, mas para Kerim, é importante ter sempre em mente que a Carta é o documento que deve guiar todas as decisões que ocorrem nas Nações Unidas.
Processo
Os diálogos informais, sem precedentes na história da organização, começaram na terça-feira, com discurso do presidente da Assembleia Geral, Mogens Lykketoft.
No primeiro dia, foram ouvidos os candidatos Igor Luksic, de Montenegro; Irina Bokova, da Bulgária e António Guterres, de Portugal. Na quarta-feira, apresentaram suas propostas Danilo Türk, da Eslovênia; Vesna Pusic, da Croácia, e Natalia Gherman, da Moldávia.