TPI marca julgamento de presidente do Quênia para novembro
Tribunal Penal Internacional disse que prazo inicial, de 9 de julho, foi prorrogado para dar mais tempo para que defesa se prepare; Uhuru Kenyatta é acusado de crimes de guerra e contra a humanidade, mas nega as acusações.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Tribunal Penal Internacional, TPI, anunciou que o julgamento do presidente do Quênia, Uhuru Muigai Kenyatta, começará em 12 de novembro.
O TPI informou que a mudança da data, originalmente marcada para 9 de julho, foi para dar aos advogados de defesa mais tempo de preparação. Isso ocorreu por causa do atraso dos promotores do caso em divulgar as provas contra o réu.
Assassinatos
Kenyatta é acusado de participar de cinco crimes contra a humanidade, incluindo assassinatos, deportação ou transferência à força, estupro, perseguição e outros atos considerados desumanos. O presidente do Quênia nega todas as acusações.
Esses crimes teriam sido cometidos durante a violência política que ocorreu logo depois das eleições no Quênia, em 2007.
Uhuru Kenyatta foi indiciado pelo TPI antes de vencer as eleições no Quênia, o que ocorreu em março deste ano. Além de Kenyatta foram acusados outros membros do governo, e alguns indiciamentos foram cancelados por falta de provas contundentes ou falta de testemunhas.
O julgamento de Kenyatta, no entanto, foi mantido, e deve ser conduzido pela promota-chefe do tribunal, Fatou Bensouda.