Falta de fundos dita redução de refeições para refugiados do Corno de África
Organização Internacional para Migrações diz que racionalização ocorre desde janeiro; migrantes estão no norte do Iémen.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A Organização Internacional para Migrações, OIM, anunciou que foi obrigada a reduzir o número de refeições diárias entregues aos migrantes do Corno de África no norte do Iémen.
A medida, em vigor desde janeiro, fez baixar o número de beneficiários de 3 mil para 300 devido à falta de verbas, declarou a agência.
Idosos
Neste momento, o atendimento é dado a mulheres crianças desacompanhadas e aos idosos mais carentes. A crise de financiamento afeta milhares de migrantes indocumentados da região africana.
O atendimento médico a migrantes e as ofertas de abrigo são também afetados pelas novas medidas. O exemplo são hospitais de Haradh, com vários corpos de migrantes que ainda não foram reclamados pelas famílias.
Contrabandistas
A cidade é considerada o portão de entrada para a Arábia Saudita e outros países. A agência disse que grande parte destes foram resgatados das mãos de traficantes e contrabandistas de seres humanos, com alguns dos migrantes com partes do corpo fraturadas.
A OIM informou que o fluxo de migrantes e refugiados do Corno de África duplicou de 53 mil em 2010, para mais de 107 mil no ano passado. A agência diz ter sido forçada a suspender o programa de repatriamento devido à falta de fundos.
O último voo do Iémen com migrantes ocorreu em setembro passado. Na época, 210 pessoas voltaram, voluntariamente, à Etiópia após uma doação de mais de US$ 2 milhões da Holanda.
*Apresentção: Eleutério Guevane.