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Apelo para ajuda humanitária no Iémen tem o valor de US$ 1,8 mil milhão

OMS já entregou 960 mil litros de água em distritos do Iémen. Foto: OMS Iémen

Apelo para ajuda humanitária no Iémen tem o valor de US$ 1,8 mil milhão

Nações Unidas não querem correr risco do país tornar-se uma “crise esquecida”; plano é coordenado com 100 organizações; Conselho de Segurança volta a pedir cessar-fogo.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Está a ser lançado um apelo financeiro de US$ 1,8 mil milhão para fornecer assistência essencial a 13,6 milhões de pessoas no Iémen.

O coordenador humanitário da ONU no país declarou que a violência em outras nações encobre a situação. Por isso, Jamie McGoldrick afirmou que não se pode deixar que o Iémen se torne uma crise esquecida.

Água e Comida

O Plano de Resposta Humanitária 2016 é coordenado com 100 organizações. Entre cinco iemenitas, quatro necessitam de assistência. Ataques e destruição levam ao colapso dos serviços sociais e com a crise na economia, milhões de famílias perderam seu meio de subsistência.

O conflito no Iémen já dura 10 meses e de março até o fim do ano passado, ajuda humanitária foi entregue para 9 milhões de pessoas, incluindo crianças. Em janeiro, foi possível fornecer comida a 2,6 milhões, além de água e de combustível.

Mas a continuação das hostilidades entre os lados em conflito é um sério obstáculo à entrega de assistência. Porém, o coordenador humanitário da ONU garante que se houver dinheiro, é possível ajudar a todos.

Trégua

No ano passado, apenas 56% do apelo foi financiado. Na quinta-feira, o Conselho de Segurança expressou preocupação com a violência no Iémen e com o peso para a população.

Aos lados em confronto, o órgão voltou a pedir medidas imediatas para o retorno do cessar-fogo. O Conselho também salientou o trabalho das equipas humanitárias que “estão a fornecer assistência em condições muito difíceis”.

Outro apelo feito é para que as partes cumpram com o direito internacional e evitem danos aos civis, parem de recrutar crianças para o combate e trabalhem com a ONU e agências para que a assistência humanitária possa chegar aos que precisam.