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Para chefe da OIT, qualidade dos empregos na AL precisa melhorar BR

Para chefe da OIT, qualidade dos empregos na AL precisa melhorar

Em visita oficial, Guy Ryder ressaltou também importância da criação de mais postos de trabalho; ele esteve na Argentina e no Peru.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

O diretor da Organização Internacional do Trabalho, OIT, ressaltou a necessidade da América Latina criar mais empregos e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade das vagas existentes no setor informal.

Guy Ryder foi recebido na terça-feira pela presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, na capital do país, Buenos Aires. Ao final do encontro, Ryder disse ser “necessário manter políticas focadas na criação de trabalho”.

Desafios

O chefe da OIT lembrou que apesar da região ter mostrado uma resiliência marcante, com os índices de desemprego caindo, a América Latina não deve “baixar a guarda”. Para Ryder, o grande desafio é melhorar a qualidade dos trabalhos existentes.

Dados da OIT mostram que 47% dos empregos não-agrícolas estão no setor informal. Só na Argentina, a estimativa é de 35%. Guy Ryder afirmou que formalizar o trabalho informal é uma responsabilidade de governos, trabalhadores e empregadores.

Atmosfera

A economia informal é a principal fonte de trabalho em muitos países em desenvolvimento, permitindo a milhões de pessoas escapar da pobreza extrema. Mas a OIT lembra que nesses casos, os trabalhadores são mal pagos, não têm segurança nem benefícios sociais.

Ryder reconheceu que a situação na América Latina está bem distante do que acontece atualmente na Europa, notando que apesar do crescimento na região ter diminuído, a “atmosfera nos países latinos está muito mais positiva do que em outras áreas afetadas pela crise.”

Na reunião com a presidente argentina, Ryder discutiu a necessidade de colocar a criação de empregos como prioridade na agenda do G-20. Além de Buenos Aires, o chefe da OIT visitou também a capital do Peru, Lima.