Mulheres da AL dependem cada vez menos de trabalho no setor agrícola

Segundo a FAO, 14 milhões trabalham neste tipo de emprego, o que representa 10% do total de mulheres ocupadas na América Latina; Dia Internacional da Mulher Rural é comemorado neste 15 de outubro.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, 14 milhões de mulheres que vivem em áreas rurais da América Latina trabalham em empregos fora do setor agrícola.

Os dados foram divulgados para marcar o Dia Internacional da Mulher Rural, comemorado esta terça-feira, 15 de outubro. A agência destaca que nos últimos anos tem aumentado o número de mulheres rurais latinas que não estão trabalhando na agricultura.

Autonomia

Em 2010, 9,6 milhões de mulheres em áreas rurais tinham empregos fora do setor primário, ou seja, não lidavam com agricultura, gado, florestas, caça e pesca. E atualmente, são 14 milhões.

A FAO ressalta que a mudança é importante para a autonomia econômica dessas mulheres e a segurança alimentar de suas famílias, mas nota que faltam políticas específicas para melhorar suas condições de trabalho.

Flexibilidade

Fora do setor agrícola, as condições de emprego são melhores, há mais flexibilidade de horários e menos discriminação, avalia a agência da ONU. 53% são assalariadas e 29% trabalham por conta própria.

Nas áreas rurais, 70% das mulheres com trabalho fora da agricultura têm menos de 45 anos e mais da metade são casadas ou vivem com o parceiro. E mais de 80% vivem em casas com três ou mais pessoas.

O Dia Internacional da Mulher Rural foi criado pela Assembleia Geral em reconhecimento “ao papel e contribuição das mulheres de áreas rurais e indígenas para a melhoria do desenvolvimento agrícola, da segurança alimentar e da erradicação da pobreza rural.”