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ONU expressa alarme com protestos violentos na Tunísia

ONU expressa alarme com protestos violentos na Tunísia

Alta comissária da ONU para os Direitos Humanos insta às autoridades a  garantir que as forças de segurança deixem de usar força excessiva contra os manifestantes na cidade de Siliana; mais de 220 pessoas teriam sido feridas.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos expressou alarme com a violência registada em protestos na cidade tunisina de Siliana, no centro do país do norte de África.

Agências noticiosas indicam que milhares de pessoas manifestam-se pelo quarto dia consecutivo contra o desemprego e desequilíbrios no desenvolvimento, que levaram a violentos confrontos com as forças de segurança.

Segurança

Em comunicado, emitido esta sexta-feira, Navi Pillay  insta o Governo a garantir que as autoridades “deixem de usar força excessiva contra os manifestantes.”

A agência recebeu relatos de buscas domiciliárias e detenções ocorridas nesta quinta-feira. Estima-se que 220 pessoas teriam sido feridas na terça e quarta-feira em episódios de violência esporádica.

Protestos

O comunicado da alto comissária, emitido em Genebra, salienta a necessidade de se evitar o recurso à violência. Nesta sexta-feira uma equipa do seu escritório chegou ao país.

Em 2010, a Tunísia registou os primeiros protestos do movimento que veio a ser conhecido como Primavera Árabe, que resultou no derrube de regimes do norte de África e do Médio Oriente.

Os manifestantes alegavam “precárias condições de vida e o desemprego generalizado” para  o movimento que culminou com a queda do antigo presidente  Zine al-Abidine Ben Ali.