Perspectiva Global Reportagens Humanas

FAO de olho no preço dos alimentos mesmo com inflação estável na AL BR

FAO de olho no preço dos alimentos mesmo com inflação estável na AL

Escritório regional da agência para América Latina e Caribe afirmou que aumento pode ocorrer por causa da situação do mercado internacional e a seca nos Estados Unidos, que afetou a produção de milho.

Rafael Belincanta, de Roma para a Rádio ONU.*

O Escritório Regional da FAO para América Latina e Caribe informou que a inflação relativa a julho em todo o continente foi de 0,5%. Com isso, a média anual sobe para 8,9%.

De acordo com a FAO regional, com sede em Santiago do Chile, apesar da estabilidade, o preço dos alimentos pode subir por causa dos movimentos do mercado internacional.

Estados Unidos e Rússia

Uma das preocupações da agência é com a seca que afetou a produção de milho nos Estados Unidos e as previsões negativas para a produção de trigo na Rússia.

O representante regional da FAO, Raúl Benítez, disse que não deve haver razão para alarmes, uma vez que o mundo “não está diante de uma crise alimentar como aquela registrada nos anos de 2007 e 2008”.

Mas para Benitez, “os governos devem estar atentos à evolução dos fatores que poderiam afetar os níveis e a volatilidade dos preços dos alimentos”.

Analistas dizem que apesar de um certo pessimismo no mercado internacional, o momento pode levar a oportunidades para outros países exportadores.

Brasil e Argentina

Argentina e Brasil, por exemplo, respondem juntos por 15% das exportações de milho em nível mundial. Com a atual seca, os ingressos para as exportações deverão ser melhores.

Por outro lado, para países da América Central, a situação atual poderia representar um desequilíbrio ainda mais profundo na balança comercial já que 75% das importações de milho e trigo destes países provêm dos Estados Unidos.

*Com reportagem da Rádio Vaticano.