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Previsões indicam aumento de 4,3% para produção de trigo este ano BR

Previsões indicam aumento de 4,3% para produção de trigo este ano

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, diz que, se confirmada, esta será a segunda maior colheita da história da agência.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

As primeiras estimativas para a colheita de trigo este ano apontam para um crescimento de 690 milhões de toneladas, o equivalente a 4,3% de aumento se comparado a 2012.

A informação é parte do relatório trimestral da FAO “Perspectivas de Colheita e Situação Alimentar, divulgado nesta quinta-feira, em Roma.

Recuperação

O pico da produção está sendo esperado na Europa, motivado pela subida nas plantações em resposta aos altos preços. Além de uma recuperação em alguns países, especialmente a Rússia.

Já nos Estados Unidos, a situação também estaria melhorando apesar da condição de secas dos últimos meses.

Ainda nesta quinta-feira, a FAO divulgou seu Índice de Preços dos Alimentos informando que os relativos “preços baixos” do trigo e também do milho teriam permanecido inalterados na casa de 210 pontos. A marca representa 2,5%  ou cinco pontos a menos que em fevereiro de 2012.

Cereais e Açúcar

Desde novembro passado, o aumento no preço dos derivados de leite, oleaginosas e gorduras foram compensados com quedas do valor cobrado pelos cereais e pelo açúcar.

Mas a FAO alerta que ainda é cedo para fazer uma previsão global da produção de cereais, ainda que as estimativas para o Hemisfério Sul sejam promissoras. O mesmo está sendo esperado para a produção de arroz nos países abaixo da linha do Equador.

O relatório alerta para a questão da insegurança alimentar em alguns países em desenvolvimento e cita Síria, Coreia do Norte, República Democrática do Congo, Mali e Sudão.

Conflitos

A causa da escassez de alimento é variada. Na Síria, 4 milhões de pessoas estão precisando de comida por causa do conflito civil. Já na Coreia do Norte, o motivo recente foi a seca de maio e junho passados, além de uma situação de insegurança alimentar crônica, que vitima mais de 2,8 milhões de pessoas no país asiático.

Os conflitos também são as causas da crise alimentar nos países africanos citados pelo relatório.